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BAR SUR

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I have a thousand words to say, but i cannot utter a sound. Endless feellings broken in waves of a immaginarie sea of colours. My eyes shered all unspokable tears of future happiness.  The past are now and forever, more than words. Hoy, me llamo estrella de oscuridad.

Círculo

As vezes deixo o vento me arrebetar e percebo, em uma breve disassociação, a delicadeza dos sinais transitórios entre a primavera, o verão, outono e o inverno. O eterno ciclo em torno do sol, do vento, as nuvens, a chuva e o mar. De certa forma, todas as saudações e despedidas tem sido as mesmas, como se flutuássemo em ondas. Rostos diferentes, corações de formas diferentes, todos debaixo do mesmo sol, formando sombras diferentes. Não falta nada, tampouco é suficiente. Creio que haja uma razão em sermos chamados por nossos nomes, assim como há uma razão para o sentimento que repousa dentro de mim quando, observo as alegrias de um nascer do sol sem pressa. Coisas que não posso segurar nas mãos, mas que ainda assim existem diante dos meus olhos. O lado bom de mim que eu definitivamente conheço e o ciclo obscuro em volta de uma lua a qual nunca gravitacionei. Mesmo que as memórias desapareçam, algo sempre permanece. Meus sonhos de infância em um mundo verde esmeralda ou meus pesadelos rec

Terça-feira, 39º graus

"Se te comparo a um dia de verão? És por certo mais belo e mais ameno O vento espalha as folhas de maio pelo chão E o tempo do verão é bem pequeno. Às vezes brilha o Sol em demasia Outras vezes obscurece com frieza; O que é belo declina num só dia, Na eterna mutação da natureza. Mas em ti o verão será eterno, e a beleza que tens não perderás; Nem chegarás exausta ao triste inverno Quando os versos te elevarem à eternidade: Enquanto a humanidade puder respirar e ver, Viverá meu canto, e ele te fará viver." Vi a última estrofe desse poema em um corrimão de Taguatinga. Achei bonito e tirei um foto pra pesquisar. Soneto 18, Shakespeare. Do lado tava escrito: Reforma agrária já!

Seu nome gravado em mim

Depois de tanto tempo, depois de vacilar incontáveis vezes sobre como a vida deve seguir e em como/quando deveria ser responsável, depois de me debulhar em planos solúveis, depois de me suspender em uma fria imagem de um homem metido em um paletó com uma gravata brega, eu te vi de relance. Em um dia comum, desses que o suor descia dos meus cabelos até a metade das minhas costas e eu tentava manter a minha compostura, ví de relance seu olhar, que me despia de todos os meus desfarces socias. Em uma clara tentativa de manter as aparências, ignorei seu rosto, único, jovem e desafiador. Não durou nem mesmo um minuto completo para que eu procurasse seus olhos novamente. E alí estavam, no mesmo lugar. No fundo da minha alma, verde escuros ou mel, já não sabia diferenciar, mas eles me dilaceravam, me despiam e em carne viva, tudo que eu podia fazer era te devolver o meu olhar, cansado, porém extremamente interessado em desvendar o porque. Porque esse par de olhos tão únicos resolveram, em meio

Ad astra.

Hoje me dei conta de que nunca mencionei pra ninguém sobre você. De certa forma, eu não mencionava sobre você nem pra mim mesmo, porque eu nunca entendi realmente tudo. Perdão. Nós éramos apenas duas crianças. Nossa única certeza era ter um ao outro nos finais de tarde, no quintal da sua casa. Você caminhava dando pulinhos, eu sempre achei isso cativante. Na verdade, sua presença me cativou para sempre. Não sei ao certo dizer se estávamos apaixonados, mas creio que sim.  Eu não sabia ao certo o porque de você estar sempre com seus olhos preocupados e cheios de urgência. Depois de te conhecer melhor e conhecer seu mundo, creio que tudo pra você se tornava um medo real, de que por nenhum motivo em especial, você seria brutalmente espancado. Sabe, minha mãe fazia o mesmo, mas me lembro de achar que seus pais faziam isso de uma forma diferente. Duravam longos e angustiantes minutos.  Amigo, eu não podia fazer nada a não ser esperar aterrorizado que você retornasse ao quarto, muitas vezes,

Rascunho

Por tanto tempo eu não soube como encarar minhas tristezas reais. Sempre foi mais fácil enfeitá-las, transformar cada fisgada aguda no peito em poema, imagem nostalgica e refrão de músicas. Hoje eu já não sei mais como encarar meus vazios, já que sempe fugi da realidade crua, do que realmente acontece quando essa pressão esmagadora toma conta de mim, mas eu simplesmente não tenho tempo pra tentar entender. Me lembro quando costumava cronometrar quando iria chorar, e encenava pra mim mesmo o momento que sentiria o ápice do lamento, tudo muito inocente e cinematográfico. Hoje, sem permissão, meus olhos se enchem e minha face se contorce em um retrato destorcido e rubro de lamento e angústia. Já não aprecio as lágrimas, mas corro pra secá-las, envergonhado e patético. Com olhos inchados e nariz escorrendo, tento sussurrar pra mim mesmo que tá tudo bem e sigo o compasso do dia.  Eu realmente desejo ser outra pessoa. Meu coração é tolo e ingênuo. Passei a chorar por qualquer demonstração de

Tesoura

Nós não nos despedimos propriamente. Depois de tantas lágrimas  e latas de cerveja cheias de bituca de cigarros, nos esvaimos. Eu fingi tão rapidamente um personagem de mim mesmo quando te vi sem querer, pelas ruas que a gente não consegue escapar. Sorri, como sorriem os prisioneiros de guerra já sem motivo ou forças.  Meu sorriso já não entrega nada mas segue estampado dada a ocasião. Eu nem consegui reparar os seus detalhes não consegui observar seus cabelos nem seu sorriso. Sei que ele encontrou o meu, apenas, nada mais do que isso. Não tem desespero não.

Tropeço

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