Ciranda do cotidiano

 As vézes, só as vézes

é como se tudo precisasse dos olhos fechados

de um pouco de nada.

O olho enxerga muita coisa que a alma silencia

o verde parece mais verde quando você não o enxerga


quando distante, os susurros de um dia monótono

quando em pé, no meio de um aglomerado

ou sentado em uma mesa de bar,

as palavras surgem para designar a falta de freio dos olhos abertos

abertos em memórias pretéritas

condensados de forma furtiva no presente

e cheios de vermilhadão do futuro.


E tem todo o mar.

e tem todas as ondas

e tem você

de olhos fechados.



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Seu nome gravado em mim

Ad astra.