eu não aprendi a superar.
eu não aprendo a deixar ir, eu sou vírus, suor e lágrima.
um estado descomunal do anseio em estar junto, um acidente
sou trovão acompanhando de raio, raspa de panela
sou cobertor e acobertado
ambos, vítima e vitimado
eu não aprendi a ser a mim mesmo
pra ser sincero, eu não aprendo
não aprendo nada, não gravo nada, prefiro ser nada
nada em dia frio, nada por nada e pra nada
aprendi a ser nada por não poder ser menos que tudo
a metade enfurecida de um pedaço esquecido
 híbrido de coisa alguma com infinito
cavidade óssea de qualquer suspiro
a cor azul no fundo negro
o grito oco do desespero
pra ser sincero, sou o que sobra
de qualquer sentimento incompreendido.
um quase acerto.
um erro antigo.

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Ad astra.