Same,the same,but always here and different

E como se tudo embolasse em uma bola grande de papel em que você escreve coisas aleatórias,é sempre assim.Cabe,quase sempre a você,decidir em que trecho ela se embola.O que você escreve corresponde a sua vida e embolar no meio do texto as vezes faz bem mas quando você procura depois,acaba se perdendo em meio a tantas coisas emboladas e mesmo que você encontre o que quer na bagunça,vai estar escrito pela metade e isso confunde demais.
Eu sempre evitei embolar as coisas mas não gosto de ficar dizendo isso sempre,batendo na mesma tecla porque eu sei que soa insuportável.Eu não quero a terrível limitação de viver pra sempre como alguém que nunca muda,então eu parei de falar,tentei mudar,acho que consegui.Mas isso aqui,esse lado que não muda nunca,perdido entre o aqui e o desejo do mais,esse que as vezes sonha em compartilhar mais um sorriso,que lê as coisas por aí e tira uma ou duas vírgulas pra se assemelhar completamente,continua mais vivo do que nunca aqui,calado,gritando calado.
Procurar uma resposta pra sempre é muito cansativo,o salva-vidas a gente não vê mesmo,deixa seu coração aceitar tudo o que vêm como um tijolo em uma construção.Há muita paz em tudo,na solidão,no convívio,até mesmo na dor e você sempre foi muito experiente em peneirar.
A vida é mesmo muito louca mas um dia eu conheci uma garota que conseguiu driblar ela com um sorriso no rosto e outro guardado no bolso.