Depois de tanto tempo, depois de vacilar incontáveis vezes sobre como a vida deve seguir e em como/quando deveria ser responsável, depois de me debulhar em planos solúveis, depois de me suspender em uma fria imagem de um homem metido em um paletó com uma gravata brega, eu te vi de relance. Em um dia comum, desses que o suor descia dos meus cabelos até a metade das minhas costas e eu tentava manter a minha compostura, ví de relance seu olhar, que me despia de todos os meus desfarces socias. Em uma clara tentativa de manter as aparências, ignorei seu rosto, único, jovem e desafiador. Não durou nem mesmo um minuto completo para que eu procurasse seus olhos novamente. E alí estavam, no mesmo lugar. No fundo da minha alma, verde escuros ou mel, já não sabia diferenciar, mas eles me dilaceravam, me despiam e em carne viva, tudo que eu podia fazer era te devolver o meu olhar, cansado, porém extremamente interessado em desvendar o porque. Porque esse par de olhos tão únicos resolveram, em meio
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