Quase trinta
Eu não sei o que acontece com vocês dessa cidade sem coração, sem hombridade mas com malícia e jogo de cintura. São acinzentados pelo céu fechado ou pela distância permanente de quase tudo. Vez em quando eu me aventuro por aí cativado por mais um aprisionado experimento novamente o coração das paralelas e a velocidade dos carros parados. Dessa vez, foi você. Um universo diferente. Enquanto dedilhava mais uma música pra mim no teclado levantava duas vezes ambas as sobrancelhas ossudas e revelava novamente o par de olhos mais verdes que eu jamais vira. Entre goles e mais goles, algumas músicas e várias gozadas você me contou que ainda era um “menino” com seus quase trinta o que me assustou. Como alguém por aí consegue manter-se vivo sendo um “menino” ? Não tinha a resposta, mas seus olhos logo me distraíram da pergunta e revezando voltas velozes de carro transávamos novamente Como um bom amor de carnaval. Porém, a medida que eu me l